Desde que iniciamos os estudos nos primeiros anos escolares, já temos um primeiro encontro com a história da escravização dos negros africanos trazidos para a América. De tanto lermos e ouvirmos os relatos trazidos nos livros de história e nas explicações dos professores, acabamos naturalizando a questão e muitas vezes não nos damos conta que a escravidão não é uma simples parte da história, e sim o maior crime que já aconteceu contra um povo. Digo maior crime, pois, não foi simplesmente a escravidão em si (o que já seria o bastante), mas todo o produto pós-escravocrata que existe até hoje, e é resultado direto da abolição feita de forma covarde e desumana.
E é nesse universo de naturalização e esquecimento que ocasionalmente nos deparamos com livros e filmes que nos transportam para a realidade novamente. É o caso de 12 anos de escravidão. Um filme que expõe a inumana condição da vida dos escravos antes da abolição (apesar do protagonista não o ser). Ótimo filme. Em tempos de discussão sobre o racismo, cotas e assuntos relacionados a questões raciais.
Sinopse: "12 Anos de Escravidão" é baseado na incrível história da luta de um homem pela sobrevivência e liberdade. Nos Estados Unidos antes da Guerra Civil, Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro e livre do estado de Nova York é sequestrado e vendido como escravo. Enfrentando a crueldade do perverso dono de escravos Edwin Epps (Michael Fassbender), bem como inesperadas gentilezas, Solomon luta não só para sobreviver, mas também para manter sua dignidade. No décimo segundo ano de sua inesquecível odisseia, um encontro ao acaso com um abolicionista canadense (Brad Pitt) mudará sua vida para sempre.
12 Anos de Escravidão
