QUE A LEI ÁUREA É HEDIONDA COMO O ESCRAVISMO

"Que a lei áurea é hedionda como o escravismo" Eduardo Taddeo

Graças a heroicas ações dos movimentos negros após anos e anos de afirmação da identidade, o dia 13 de maio já não é tão enaltecido como antes. A abolição antes exibida de forma alegórica nos livros escolares deu lugar a uma outra interpretação histórica.


A alguns anos era comum a divinização da monarca que teria se abstido de um "direito" para beneficiar e dar a tão sonhada liberdade aos negros. Contudo, como outras datas históricas, vemos que sempre há um interesse à parte. A abolição feita de forma desleixada e covarde não teve sequer um parágrafo prevendo a inserção do negro na vida politica, social, acadêmica ou econômica. O que houve na verdade foi o abandono de um povo que por mais de 300 anos dedicou seus esforços em favor dos colonizadores europeus e seus herdeiros. Quando a oligarquia brasileira teve a chance de empregar nas suas fabricas os ex-escravos, preferiram os estrangeiros brancos para introduzir a eugenia social. A abolição também teve seu papel econômico, já que como não se tratava de um trabalho assalariado era incompatível com o capitalismo. Princesa Isabel não foi a heroína que te contaram.

Zacimba, Manoel Balaio, Zumbi dos Palmares e tantos outros são os verdadeiros heróis. Por isso o mérito da libertação deve ser dado a homens e mulheres que muito antes de 1888 já lutavam contra a absurda imposição da inferioridade racial que legitimava a escravidão.


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